Geralmente para a maioria de nós que trabalhamos na área de bebidas, é bom encontrar e degustar produtos com novos perfis sensoriais. Novos aromas, sabores e outras características que podem resultar atraentes.
Mas parece que para algumas pessoas, o fato de um vinho ser diferente (devido a um método de elaboração específico, à utilização ou não de certos insumos ou por outros motivos) é suficiente para dizer que é bom ou melhor. É claro que algumas dessas características podem contribuir com a qualidade do produto, mas, são vários os parâmetros que devemos levar em conta para fazer dita avaliação. Diferença não é exatamente um parâmetro de qualidade.
Falar de qualidade não é simples. Penso que muitas vezes seja melhor falar de gosto pessoal, o que para mim não se discute e deve ser respeitado. Além de ser muito importante, porque devemos gostar do vinho, caso contrário não tem muito sentido bebê-lo. Porém, como profissionais não podemos ser iludidos por certas diferenças, que muitas vezes não sabemos interpretar, na hora de fazer avaliações.
Mario Leonardi
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