Mais um vídeo sobre misturar refrigerante cola com outras bebidas, se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Obviamente com milhares de visualizações, curtidas, compartilhamentos e muitas pessoas alarmadas. Mas, será que isso demonstra alguma coisa em relação à saúde?
Quando aparecem pesquisas de profissionais da saúde, dizendo que de fato esse tipo de bebida faz mal para nossa saúde, não chega nem perto do êxito desses vídeos. Várias pessoas que aparentemente ficam impressionadas pelo efeito do refrigerante, continuam bebendo e comprando-o para seus filhos. Também acontece algo similar com alguns estabelecimentos de comidas denominadas fast food, que mesmo sabendo das recomendações dos médicos, estão lotados de crianças.
Ano passado foram publicadas matérias sobre os problemas que pode causar a mistura de bebidas energéticas com álcool. A maioria citavam estudos realizados nos Estados Unidos e no Brasil. No entanto, não percebi que tenham sido muito comentadas ou compartilhadas nas redes sociais. O consumo de bebidas energéticas misturadas com álcool é alto, contudo, parece que a informação não é do interesse popular.
Por outro lado, temos a proibição do álcool ao volante, com tolerância zero. Realmente concordo que existam controles e as pessoas que não estão em condições de dirigir, sejam punidas. Temos que ser responsáveis, não só cuidar das nossas vidas, como também à dos outros. Porém, aproveito para refletir sobre o meu caso em particular.
Dentro das minhas tarefas profissionais está a de degustar vinhos e outras bebidas alcoólicas. Mesmo que cuspa todos os vinhos degustados, prática normal quando degustamos várias amostras, se em uma blitz me pedem para realizar o teste do bafômetro, o resultado será positivo, aparecerá o consumo de álcool. Com certeza terei que pagar uma multa e com a possibilidade de perder a minha carteira por um tempo. E penso: Será que é justo? Será que proibir é a solução? Não é melhor educar?
Em minha opinião, acredito que muitas vezes, a proibição é consequência da falta de educação. Fico me perguntando, quando realmente começaremos a educar sobre as bebidas e a alimentação em geral? Pelo menos, educar as crianças e os mais jovens, para que tenham uma melhor cultura alimentar no futuro.
Ficaria muito feliz, se esta matéria se espalhasse pelas redes sociais, da mesma forma que aqueles vídeos, e alguém refletisse sobre estes temas. Creio que é pouco provável, mas, se você concorda com o conteúdo, compartilhe-o com seus amigos.
Mario R. Leonardi
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Parabens pelo artigo, realmente só com muita informação e conscientização podemos passar isto as pessoas pq esta mais que comprovado que faz MAL à SAÚDE!!!!
Concordo plenamente!
Sou estudante de Gastronomia em uma federal e por acaso a Lei Seca era o tema da redação do Enem quando prestei. O teor do meu texto era exatamente esse, a importância da educação… Ao meu ver, foi um texto ótimo, mas qual não foi a minha surpresa ao tirar uma nota abaixo da média! Analisando o que poderia estar errado e comparando com outros que tiraram notas altas percebi que a intenção daquilo tudo era a exaltação da tal Lei, pois as notas altas eram daqueles que faziam isso! A nota de quem fez alguma crítica a esse sistema e colocou uma proposta diferente da lei (como eu) foi mais baixa! Foi decepcionante e muito frustrante!
É muito triste que a educação seja tão desvalorizada no nosso país e agora posso ver que isso está presente em várias instâncias!
Após me formar, pretendo atuar como professora também e uma das pautas que pretendo colocar nas aulas é exatamente o consumo consciente, porque acho que nós como profissionais da ramo da gastronomia temos essa responsabilidade social!
Eu quero dar essa cultura aos meus filhos (se os tiver) e na verdade isso aconteceria de um modo muito natural porque isso já está dentro dos meus hábitos… Podemos educar as crianças dentro e fora de casa. Está acontecendo um movimento e consigo ser otimista ao ver amigos tendo atitudes assim e vendo seus filhos apreenderem essas ideias, mas infelizmente a população em geral ainda acha que isso é coisa de gente “bicho-grilo”!
Acredita que eu tenho formação de sommelière mas como não dirijo, nunca tinha parado pra pensar nesse aspecto da lei seca?! Agora me bateu um choque de realidade! Injusto é pouco, até porque essa profissão está crescendo bastante aqui no Brasil e teremos cada vez mais pessoas nessa situação. Fica muito fácil falar que é so pegar um táxi, mas muitos de nós viajam para locais distantes e isso se torna inviável! Algo tem que ser feito! Acho uma boa questão a ser levantada pela ABS com as autoridades competentes.
Já compartilhei seu artigo e o farei sempre que lembrar. Pode não “virar um viral” mas pelo menos estamos plantando as sementes…
Abraço,
Lô Rodrigues