Espécies e Variedades de Café

De dezenas de espécies de café existentes, somente duas têm importância econômica no mercado mundial: arábica (coffea arabica) e robusta (coffea canephora).

CAFÉ ARÁBICA
O café arábica é mais valorizado economicamente devido ao seu aroma e sabor. Minas Gerais é o maior produtor, e a base para a produção dos cafés Meridiano é essa espécie.

Existem diversas variedades plantadas em solo brasileiro. O produtor pode escolher a variedade que vai plantar com base na produtividade que almeja, no espaço que tem à disposição, no tipo de relevo, no solo e de acordo com sua opção por lavoura mecanizada ou manual.

Os nomes de algumas variedades são: mundo novo, catuaí vermelho, catuaí amarelo, acaía, bourbon amarelo, typica, icatu vermelho, icatu amarelo, catucai e outras diversas.

A planta é mais sensível ao calor e se desenvolve melhor em região de altitudes próximas a 900 metros. Suas características organolépticas são mais complexas – resultando em grande diversidade de sabores e aromas de bebida – e apresentam de 0,9 a 1,7% de cafeína em sua composição química.

CAFÉ ROBUSTA
O café Robusta (também conhecido como conilon), apesar de menos valorizado economicamente é mundialmente conhecido, principalmente, pelo fato de ser utilizado na fabricação de café solúvel – por possuir mais substâncias solúveis, açúcares e cafeína em relação ao café arábica.

É muito usado em combinações com o arábica e, como o próprio nome indica, essa espécie é mais resistente ao clima quente e a pragas. Desenvolve-se mais fácil em regiões próximas ao nível do mar, tem a adstringência e menor acidez como pontos característicos. Sua composição química apresenta cafeína em índices que variam de 1,6% a 2,8%.

Favorecido pelas boas condições, o Espírito Santo é o maior produtor brasileiro dessa espécie, seguido pelos Estados de Rondônia, Bahia e Minas Gerais. Algumas variedades são: Vitória, Robustão Capixaba, Robustão Tropical, entre outros.

Métodos de preparos
Confira os diversos métodos e equipamentos para preparar o café

Cafeteira turca: 
É o método mais antigo de todos. Deixou de ser vendido por muito tempo, mas agora está de volta no mercado. O preparo é quase um ritual: adicione o pó de café bem fino juntamente com a água no Ibrik e leve ao fogo para ferver. O processo precisa ser repetido mais três vezes e, depois, o café já pode ser servido.

Cafeteira globinho
Ela parece mais fazer parte de um experimento científico. Seu preparo é todo charmoso: primeiro a água é colocada na parte inferior e o pó na superior. A chama aquece a água, que se transfere para o recipiente de cima. Depois disso, é só apagar o fogo que o café passará para a parte de baixo e estará pronto para beber.

Cafeteira francesa
Criado em 1852, é um aparelho clássico muito conhecido como prensa francesa. Nela você coloca o pó no fundo, mistura com a água já quente e, depois, empurre o êmbolo para baixo para que o café seja filtrado. Ainda assim, é aconselhado esperar alguns minutos para servir a bebida, dando tempo para o sedimento decantar.

Cafeteira Italiana
Também chamada de cafeteira napolitana, é a precursora das máquinas de café expresso e ainda é o equipamento mais usado na Europa. Para fazer o café, é só colocar a água no compartimento de baixo e o pó dentro do recipiente furadinho. Depois, leve ao fogo e o café pronto ficará no reservatório de cima.

Filtro de papel
Este velho conhecido nosso foi inventado, em 1908, por uma dona de casa alemã que substituiu a toalha com que filtrava os resíduos do café por um papel mata-borrão sobre um aro de metal vazado. Algo muito próximo do que ainda fazemos hoje em dia: despejamos água aferventada sobre o pó de café colocado no filtro.

Coador de pano
Muito utilizado em bares e padarias, esta é a forma mais tradicional de se preparar o café. Em alguns lugares do interior as pessoas ainda fazem o café assim: colocam o pó direto na água já quente e, depois, passam a mistura pelo coador. Os mais tradicionais colocam o café em um bule.


Cafeteiras profissionais

Encontradas em estabelecimentos como cafeterias, restaurantes e padarias, os filtros destes equipamentos podem ser tanto de papel quanto de pano. Geralmente são manuseadas por  baristas e possuem mais de um bico, o que as permite tirar mais de um café por vez.


Máquina de café expresso

Inventada por Giovanni Gaggia após a Segunda Guerra Mundial, neste modelo a água passa pelo café moído ou em pó sob uma pressão muito forte. Existem modelos profissionais e para uso doméstico. O preparo é simples e o café bastante aromático.


Cafeteira elétrica

Este modelo tira sua preocupação de esquecer a água fervendo no fogo. Para fazer o café, você ajeita o filtro de papel em um compartimento, coloca o pó e adiciona água em outro. Quando a água atingir a temperatura certa, ela automaticamente passará pelo coador e o café sairá prontinho.


Máquina de café em cápsulas

São práticas e muito modernas. O preparo é bastante simples: basta colocar água no recipiente, abrir o compartimento onde fica a cavidade própria para a cápsula ser inserida, depositar a da sua preferência (elas possuem variação de intensidade e sabor) e abaixar a tampa. Em pouco tempo o café sai bastante cremoso e na medida exata da xícara.


Máquina de café em sachês 

Nela a água também passa pelo café com alta pressão. A praticidade fica por conta dos sachês, que são embalagens individuais e proporcionam um preparo bem fácil. Para fazer a bebida, basta encaixar os sachês no local apropriado e ligar a máquina. Estas cafeteiras são exclusivas para este tipo de produto e vice-versa.

Espero que tenham gostado da matéria, pois é com muito carinho que levamos um pouco do mundo do café para vocês.

Caso tenham dúvidas ou queiram saber mais sobre algo que abordamos não deixe de nos escrever.

Na próxima matéria traremos algumas receitas para vocês prepararem em casa e curtir junto com os amigos e familiares esta incrível e deliciosa bebida. Até lá.

Cássio Barbosa

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